Infância #3

 

Histórias da Minha Infância: Projeto Brígida

Nossa rotina em São Paulo inclui passeios frequentes à Avenida Paulista, especialmente durante o período de Natal. A avenida se transforma com luzes e decorações festivas, o que sempre foi um cenário impressionante para mim. Hoje, quero compartilhar algumas memórias pessoais, misturando a minha infância na Região Nordeste do Brasil e os tempos passados no Projeto Brígida, em Pernambuco.

Quando eu tinha seis anos, minha mãe conheceu meu padrasto, e fomos morar com ele. A liberdade que eu tinha para brincar na rua, quando ficava com minha avó, mudou completamente. Fomos morar em uma casa na quadra 02, e depois mudamos para outra casa na mesma rua. A lembrança mais vívida da primeira casa é o mercadinho ao lado, onde comprávamos balas e chicletes.

Apesar da distância, eu ia a pé para a escola todos os dias. Era um trajeto tranquilo, sem o intenso trânsito de hoje. Nesse tempo, também enfrentei um enxame de abelhas no quintal e até a aparição de um rato teimoso que nunca conseguimos pegar. Uma noite marcante foi quando meu primo Nilson, que tinha sonambulismo, acordou gritando 'Olha  o rato' e nos deu um susto enorme.

Nossa cachorra, Pituxa, foi uma fiel companheira durante essas mudanças. Na segunda casa, na mesma rua, meu padrasto estacionava o ônibus em frente, pois ele era motorista. Uma manhã, acordei com barulhos estranhos e, apesar da minha mãe ter reagido com bravura quando viu um ladrão saindo de casa com a nossa TV, a situação foi perigosa, até atiraram contra ela, mais graças a Deus não foi atingida.

A partir desse dia, ficamos cautelosos, e minha mãe começou a dormir com um facão debaixo do colchão.

A Vida no Projeto Brígida

Por volta de 1990, meu padrasto foi transferido para o Projeto Brígida, em Pernambuco. Mudamos para uma Agrovila, uma comunidade agrícola onde foi necessário readaptar nossa vida. Minha mãe, meu irmão e meu padrasto se mudaram primeiro, e eu os segui após concluir o semestre escolar, ficando nesse meio tempo com minha tia Lenir e seu marido Pedro. Eles cuidaram muito bem de mim e me ensinaram valiosas lições, até mesmo a comer com garfo e faca.

No Projeto Brígida, conheci pessoas boas e humildes, também vivenciei experiências espirituais marcantes. A vizinha praticava candomblé, e uma vez, a convite dela, fomos a um ritual que me deixou bastante intrigado. Lá, testemunhei fenômenos sobrenaturais, como vê-la pregada na parede como se fosse uma aranha. Essas vivências espirituais, apesar de assustadoras, serviram para reforçar minha fé em Deus e não duvidar do sobrenatural.

Enfrentando o Perigo

A região onde morávamos era perigosa. Meu padrasto, sempre cauteloso, se preocupava em nos proteger.

Desenvolvimento Pessoal

Todas essas experiências, por mais difíceis que fossem, me ajudaram a desenvolver uma postura atenta e defensiva. Essa fase da minha vida foi essencial para minha proteção e para a formação do meu caráter. Hoje, agradeço por ter sobrevivido a essas provações e por elas terem me ensinado tanto.

Essa saga continua com muitas outras histórias e experiências profundas que pretendo compartilhar em breve. Até a próxima.

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